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Futebol – Metodologia do Treino-Táctico

 

Futebol

Metodologia do treino técnico-táctico

Conceitos e preconceitos

No treino global duma equipa de futebol todos os sectores, princípios e fundamentos são importantes, tornando-se difícil eleger um deles como o mais marcante, ou imprescindível, ao qual deve ser dada maior importância, no sentido de ser melhor ou mais aturadamente trabalhado. Contudo, se tivermos que atribuir uma importância funcional diferenciada ela recairá por certo no apuro técnico-táctico por ser o eixo fundamental do jogo e o motor de desempenho essencial da equipa em campo.

Ao fim e ao cabo tudo se movimenta em torno deste binómio, constituindo-se os restantes elementos em factores de alicerce indispensáveis, embora funcionando mais como partes essenciais de um todo e não o cerne fundamental do envolvimento geral duma equipa.

Ao longo dos tempos os esquemas de trabalho foram proliferando, funcionando quase sempre a razão e o status de cada momento ao sabor das modas da ocasião, pouco importando que os resultados possam consagrar ou não os esquemas em uso, sendo mais fácil e tradicional a via punitiva do treinador, que não soube interpretar com acerto a moda em curso, já que o “castigo”, a recair sobre meia dúzia jogadores da equipa – muitas vezes o cerne da questão – sempre se mostrou, e mostrará, uma via difícil, cara e pouco consentânea com a perspectiva de necessidade de outros resultados no jogo seguinte.

Hoje em dia as novas modas continuam a ditar as suas regras, porque há sempre alguém que se rebela contra os consensos instituídos, criando uma nova ordem que fará escola e nova razão, até que outro “revolucionário” se decida a romper o alinhamento da última certeza e procure instituir outra.

No fundo, o futebol não diverge muito da evolução natural das coisas, onde o que hoje é verdade amanhã é mentira, ou no mínimo, menos verdade. Sem pretender revolucionar o que quer que seja, atrevo-me a percorrer um espaço de transcendente importância e, nesse sentido, sujeito a uma enorme multiplicidade de opiniões, conceitos e preconceitos.

Refiro-me à metodologia do treino técnico-táctico, ou seja, a determinação dos melhores caminhos que hão-de conduzir os atletas à compreensão e integração dos elementos de trabalho propostos ao longo de semanas e meses, tornando possível exprimir posteriormente o jogo na sua globalidade, segundo as ideias e os conceitos do treinador.

Algumas regras que aqui se pretendem abordar são aplicáveis quer à condição técnica quer ao entrosamento táctico, até porque a primeira cabe na segunda, colhendo dessa sobreposição múltiplos benefícios.

Aqui há tempos um amigo meu que é treinador de futebol convidou-me para ir assistir a um treino da equipa que na altura estava a orientar.

Entre vários exercícios desenvolvia-se um em que quatro jogadores, partindo da linha de meio campo, progrediam pela ala direita numa troca de bola vistosa – praticamente quase sempre ao primeiro toque – desenhando um determinado esquema pré determinado e de belo efeito visual.

O exercício desenvolvia-se em grande velocidade com os jogadores a percorrerem, numa corrida desenfreada, um figurino previamente traçado, sem qualquer oposição, terminando com um remate à baliza deserta, desferido da zona frontal.

Registe-se que, mesmo sem guarda-redes, alguns remates saíram ao lado… Esta última e estranha circunstância fica, em parte, a dever-se a rotinas e evoluções simplificadas, onde as propostas de trabalho se resumem a memorizar percursos e a uma diminuta participação activa na representação criada.

Em conversa no dia seguinte, referindo-se àquele exercício, o meu amigo perguntava-me:

“Então o que achaste daquele exercício?”

“Achei que foi um razoável treino de velocidade, uma coreografia interessante, de mistura com alguns elementos técnicos, embora incipientes…”

“Não! Aquilo foi um ensaio de um esquema táctico. Uma progressão organizada pela ala direita.” – respondia-me o meu amigo, corrigindo-me.

Meio na brincadeira ainda retorqui:

“Pois. Mas o adversário era fracote…” – ante alguma perplexidade do meu amigo.

“Adversário? Qual adversário?

“Aquele contra o qual os quatro jogadores jogavam…”

É um pouco à volta deste exemplo que nos queríamos deter, chamando à atenção para um erro crasso que é cometido com alguma frequência.

Neste caso, propus ao meu amigo a realização de um pequeno teste, que ele aceitou de bom grado.

No dia seguinte repetiu-se o mesmo exercício. Só que desta vez foi colocado apenas 1 jogador com características defensivas a meio do percurso com a missão de procurar dificultar aquela acção esquemática ofensiva. Um jogador apenas.

Em 6 exercícios, 2 falharam: um foi interceptado pelo único jogador com carácter defensivo e o outro ocorreu num passe errado em que a bola foi enviada para fora por acção de pressão do mesmo jogador.

Ou seja; com apenas 1 jogador contra 4 atacantes o “esquema táctico” falhou em 33%.

De seguida colocaram-se 2 jogadores com idêntica função de procurar dificultar a acção ofensiva em questão.

Em 10 exercícios 6 falharam: 3 foram interceptados e os ouros 3 resultaram em passes errados por acção pressionante dos defesas.

Ou seja; com 2 jogadores contra 4 o “esquema táctico” falhou em 60%.

Quando me preparava para propor um 4X4 final e mais esclarecedor ainda, o meu amigo atalhou:

“Chega! Já percebi. Ontem estivemos a perder tempo.”

“Não terá sido bem assim. Qualquer movimentação com bola e deslocação dos jogadores, segundo um determinado figurino, obtém um ganho técnico mínimo que seja, dependendo da complexidade e esquema do exercício. Contudo, em termos tácticos, o ganho é nulo.Mas o verdadeiro treino técnico-táctico ia começar agora…” – informei eu.

Com alguma insistência consegui convencer o meu amigo – em trânsito de alguma frustração – a empreender uma outra experiência com um figurino semelhante.

Ainda no mesmo contexto de exercício, promovendo alguma rotatividade equilibrada entre os jogadores de ambos os sectores, a fim de despistar o factor cansaço, colocaram-se 4 jogadores defensores e os 4 atacantes, rodando 2 jogadores em cada sector de 3 em 3 repetições.

Foi proposta a realização de 3 séries, com seis repetições cada uma, num total de 18 repetições, anotando-se os resultados em cada uma das séries.

Obtiveram-se os seguintes resultados:

1ª série: 0 concretizações; 6 erros.

2ª série: 1 concretização; 5 erros.

3ª série: 3 concretizações: 3 erros.

Embora o teste careça de algum rigor científico considerando a diminuta amostragem, afigura-se claro que o treino começou a produzir alguns efeitos na 3ª série.

Ou seja; ao fim de um certo número de repetições os jogadores envolvidos no sector atacante (sem que algum esquema tenha sido delineado com antecedência para esse efeito específico) começaram a intuir e a elaborar soluções aplicáveis às dificuldades criadas pelos jogadores do sector defensivo, desenvolvendo aquisições que têm todas as condições para se firmarem no modo de jogar, logo reutilizáveis em contextos semelhantes, logo um conjunto de instrumentos activos disponíveis para aplicação nas mais variadas circunstâncias de jogo.

Na perspectiva de trabalho do tal “esquema táctico” inicial sem qualquer oposição, visando o entrosamento entre os jogadores – que, naturalmente, se espera poder colocar em prática nos próximos jogos e no futuro – o ganho é praticamente nulo e frequentemente frustrante para o técnico, que engendrou um encadeamento de movimentos aparentemente perfeito e, dir-se-ia mesmo, belo para a vista e para o espírito.

Não raras vezes se podem observar evoluções de jogadores em treino mais parecendo uma coreografia muito bem articulada, deixando no ar apenas o desejo ardente de que a mesma se repita no próximo jogo, mas desta vez por entre os adversários que, infelizmente, não se disporão a fazer figura de espectadores, nem muito menos dispostos a apreciar o “espectáculo”.

Salvo raras excepções de componente técnica muito específica e precisa, nenhum exercício que envolva apuramento táctico ou técnico colhe resultados se for esquematizado e exercitado sem a componente de oposição imprescindível à sua consolidação.

Em primeiro lugar pela própria essência do elemento estrutural do homem. Dificilmente este consolida aquisições quando a estrutura do exercício se apresenta simplificada e destituída da necessidade de resolução de problemas que agucem o engenho e a arte para as superar.

A extrema simplicidade repetitiva de um exercício conduz à mecanização do movimento, dispersão da atenção e abaixamento consequente dos mecanismos de aquisição e integração.Qualquer exercício concebido sem a necessária oposição é, pois, num contexto de assimilação e elaboração, uma pura perda de tempo, mas, mais ainda, uma convicção de um bem treinar que não colhe posteriormente as performances que delas se esperam.

Não só, mas também porque se trata de uma proposição de trabalho que não confere com a realidade; logo destituída de factores de transposição útil para o jogo, condição essencial que deve prevalecer em todas as propostas de trabalho que venham a ser congeminadas no sentido da promoção de aquisições fundamentais no contexto técnico-táctico.

O adestramento em treino de uma movimentação simples com a pretensão, ou esperança, de que esta venha a ocorrer em jogo é um puro exercício de fé e a convicção de que treinamos sós na expectativa de que iremos jogar também sós.

Dizia um dia um treinador ao intervalo:

“Andámos nós duas semanas a treinar aquele esquema para agora nem uma única vez o colocarem em prática.”

Respondia um dos jogadores visados, revelando alguma confusão no seu espírito:

“ Se quer que lhe diga Mister, com a confusão do jogo, já nem me lembro bem como era o esquema, quanto mais colocá-lo em prática…”

Subjaz ainda que é no confronto entre quem defende e ataca que ocorre o entrosamento e o entendimento quanto à forma como cada companheiro responde às dificuldades colocadas pelo adversário, resultando na aquisição de soluções de grupo, adquiridas e consolidadas pelos jogadores (tendo em conta o conhecimento com que ficam do modo de jogar de cada um deles) as quais poderão no futuro – qualquer futuro – contribuir de forma cabal e racional para a performance desejada por qualquer técnico: levar de vencida a oposição do adversário e chegar ao golo.

No fundo, o importante será inculcar no atleta a capacidade de tomar decisões acertadas em consonância com os companheiros e de acordo com os múltiplos problemas que ocorrem no jogo, reformulando, de forma inteligente e coerente, todo o tipo de dificuldades criadas pelo adversário e as próprias vicissitudes do jogo.

Na perspectiva do exercício em apreço, e a título de exemplo, sugere-se como metodologia a divisão de um meio campo em três faixas longitudinais (ala esquerda, central e ala direita) colocando em cada uma delas os jogadores que defendem habitualmente nessas zonas, em confronto com igual (inferior ou superior) número de jogadores atacantes (dependendo da intensidade e especificidade de treino que se pretende incutir, convindo alternar pelas três situações).

P.e.: se coloco um número de atacantes superior ao número de defesas o trabalho terá uma incidência de intensidade maior para os jogadores que defendem, tornando mais fácil (logo, mais exigente em termos de resultante) a tarefa dos atacantes.

Objectivo: bola nos atacantes que procuram ultrapassar aquela barreira defensiva, no espaço delimitado por cada corredor, criando e recriando os meios e as formas mais adequadas e ajustadas às diferentes oposições que vierem a ser colocadas pelos jogadores que defendem.

A largura dos corredores deve ir variando ao longo de cada sessão de treino, procurando simular situações de dificuldade de jogo criadas pelo adversário e as variantes do próprio jogo.

Embora seja importante que os jogadores evoluam preferencialmente nos sectores predominantes da sua actuação, será ajustado que ocorram trocas de proximidade entre alguns jogadores das alas e a faixa central, ou mesmo outras que o técnico entenda conformes, tendo em conta a disponibilidade e globalidade de funções de cada jogador.

Por outro lado, será uma boa medida ir mudando os jogadores em confronto, a fim de variar o tipo, forma e a intensidade da oposição, subvertendo igualmente algum vício.Como conceito adjacente, neste tipo de exercício sugere-se a utilização de jogadores momentaneamente inactivos (guarda redes, p.e.) para controlo dos foras de jogo. Nada pior que treinar os erros.

A partir da criação de um método com virtudes para a obtenção dos objectivos que se pretendem, todas as nuances, conjugações e reformulações são permitidas e desejáveis, tornando o treino mais rico e diversificado, retirando-lhe a monotonia, a rotina e a própria habituação a um esquema monocórdico com todos os inconvenientes daí resultantes.

O técnico não deve mudar apenas para mudar, dando a ideia de novidade.Deve mudar quando sentir que se instalou o vício e as suas consequências.

Contudo, mudar não significa reformular tudo. Um exercício, sendo um bom exercício, não deve ser substituído só para criar novidade. Mudar pode ser conseguido apenas com pequenas alterações dentro do mesmo esquema de trabalho, que conduzam à reformulação da actuação do jogador obrigando-o à busca de novas soluções; logo, activo, atento e empenhado, ou seja, disponível para as novas aquisições, a que o treino deve sempre obrigar, e permanentemente entusiasmado com a variedade, alternância e riqueza de problemas que lhe são colocados.

Um atleta atento e vivo no treino será um atleta atento e vivo no jogo.

Pedro Cabrita

(Lic. em Ed. Física)

petruscabritas@gmail.com

11 comments on “Futebol – Metodologia do Treino-Táctico

  1. Tenho lido sempre seus artigos do qual tenho grande admiracao e respeito ,sou brasileiro e treinador de futebol aqui em taiwan -china ,gostaria que me enviasse alguns sites se possivel com videos de treinamentos tecnicos e taticos de futebol portugues pois acho os treinadores e pessoas envolvidas com futebol em portugal muitissimo inteligentes ,faco um trabalho de desenvolvimento do futebol aquo na olha de taiwan ajudando os meninos e meninas de 13 ate 20 anos a aprenderem jogar futebol .Conto com sua ajuda ,muito obrigado claudio lopes -brazil

  2. sou trinador futebol;treino camadas jovens e procuro sempre o melhor pra equipa tanto a nivel tactico,fisico e psicologico este o ultimo e o fundamental,nao deixando os outos pra traz.a minha grande preocupacao pro futuro havendo e bem escolas de futebol pra evolucao e aprendizagem dos jovns agora a volto salientar e como no mundo existem clubes profissionais onnde anualmente passam centenas de miudos com formacao,com cultura com bases pro futuro poderem jogar e que sabe ir mais alem e quando chegam ao ano onde sao seniores sao dispensados e os clubes gastao fortunas e contratacoes excessivas e muitas delas com conheçimentos e miuos deles sao um fracasso.onde estao com os olhos os dirigentes os agentes desportivos e os proprios treinadores?

  3. baseando no que o sr professor escreveu e muito bem um atleta vivo e atento no treino sera um atleta atento e vivo no jogo! como 99% das vitorias dos jogos reflectem vindos dos treinos;mas a preocupacao actual e a falta de educaçao que hoje os jovens nao a tem!e se o ou os treinadores nao forem imagem de uma boa educaçao toda a aprendizagem e nula.a questao o que deve fazer um treinador quando num plantel tem este tipo de situaco?

  4. sou treinador e futebol em moçambique,adimiro teu trabalho, gosto de treis trabalhos, gostaria que mandasse para meu email os treinamentos tecnicos e tactico de modo a melhorar o meu trabalho,se poder vidios p melhor ilustraçoes.

  5. Eu sou o Simão José coxé Treinador de futebol, gostaria que me enviasses conteúdos de treino, que fala sobre os aspectos técnico-tático e os métodos de treinamentos no futebol moderno.

  6. Entendo perfeitamente a ideia subjacente a este artigo e devo dizer que concordo. O processo de treino nunca deverá ter como objectivo uma mecanização mas sim a cricação de uma propensão para alguns movimentos. A resolução de problemas não deverá acontecer recorrendo a uma sequência de passes predefinidos, embora seja da opinião que algumas sequências deverão ocorrer mais frequentemente que outras. A questão que gostaria de lhe colocar é a seguinte: Como se poderá criar um padrão de jogo, porque estes padrões existem, (combinações entre determinados jogadores mais frequentes, corredores mais utilizados) sem utilizar estes exercícios mais analíticos? Cumprimentos

  7. Não tenho por hábito responder neste quadro a questões que são colocadas.
    Entendi, contudo, que esta questão era pertinente e permitiria um melhor esclarecimento do ponto de vista exposto.

    Aproveito para esclarecer alguns dos intervenientes que me solicitam apoios documentais ou outros, que não os posso fornecer porque não os possuo, ou porque muitos deles se constituiriam em perspectivas pessoais que naturalmente reservo para, diria, consumo interno.
    Também porque hoje em dia é fácil encontrar na Internet um enorme manancial de documentação que poderá ser adquirida gratuitamente.

    Quanto à questão colocada.
    Se reparar o trabalho proposto visa essencialmente uma melhoria técnica individual obtida sob pressão – afinal a sua expressão mais concreta porque mais próxima de realidade/jogo – e uma apreensão táctica desenhada pelo entrosamento que os jogadores de cada sector vão obtendo entre si, por respostas intuitivas de cada um dos seus elementos, que se irão apreendendo e integrando, constituindo-se no futuro num cardápio de soluções que todos os jogadores envolvidos conhecem e podem aplicar, qualquer que seja a oposição do adversário (sempre imprevisível e diversificada).
    Ou seja; o treino implementado neste contexto confere a cada jogador a possibilidade de escolha oportuna de soluções adequadas ao tipo e forma de oposição do adversário, suportadas, ou coadjuvadas, no conhecimento que tem das respostas que os seus companheiros de equipa irão dar em cada contexto no qual se confrontam.
    Trata-se de um conhecimento adquirido no treino quando colocados em múltiplas situações de oposição e as respostas colectivas se vão adquirindo e cimentando.
    Em linguagem simplificada, o jogador com bola sabe quais as movimentações habituais e possíveis dos seus companheiros (por aquisições colhidas na multiplicidade de situações criadas em treino), o mesmo acontecendo com os outros elementos relativamente ao jogador que conduz momentaneamente a bola, pela mesma ordem de razões. Trata-se, no fundo, de uma integração e interacção de acções adquiridas em treino.

    Quanto à questão mais concreta que coloca, a especificidade deste trabalho não se liga a qualquer padrão de jogo que o técnico pretenda inculcar na sua equipa. Aqui procurámos apenas propor uma esquematização de treino que vise uma solução táctica de transposição das linhas do adversário numa oposição firme a esquemas de treino, diria, coreográfico que, na nossa modesta opinião, praticamente não têm quaisquer transposições sensíveis para o jogo.

    Padrão de jogo.
    Compreenderá que não será nem aqui, nem em poucas linhas, que se poderá abordar este ponto.
    Deixar-lhe-ia apenas pontos de reflexão:

    – O padrão de jogo não cabe na equipa; a equipa é que tem que caber no padrão de jogo.
    – Quando refere “combinações entre determinados jogadores mais frequentes, corredores mais utilizados…”, não creio que isso deva conferir com o padrão de jogo. Afigura-se-me mais uma opção táctica pontual consoante a valia, pontos fortes ou fracos do adversário.
    – Não creio que devam ser criados quadros específicos de treino (como o aqui exposto) no sentido de construir um padrão de jogo. O padrão de jogo é uma filosofia que deve ser inculcada em cada jogador. Daqui resulta ser fundamental que cada um saiba o que deve fazer quando tiver a bola em seu poder, naturalmente no quadro da sua função específica na equipa. Um dia perguntou-se a um treinador com algum prestígio o seguinte: “ Se eu perguntar a cada um dos seus jogadores o que tem que fazer quando tem a bola em seu poder ele saberá responder-me?” A resposta, vacilante, foi: “Não sei…!”. Mas também nunca se lhe reconheceu nenhum padrão de jogo visível.
    – Por fim lembrar que a edificação de um padrão de jogo demasiado rígido pode embater num pequeno problema: ter que o alterar consoante múltiplas circunstâncias tais como, p.e., o adversário, as condições atmosféricas ou do terreno, ou a classificação…

    Obrigado por participar.

    Cumprimentos

    P.C.

  8. sou treinador de camadas jovens preciso melhorar a minha equipe nos aspectos tecnico-tactico e fisico para alcancar o meu objectivo
    ou entao o meu grande sonho como treinador.

  9. O nosso clube de futebol na China está à procura de um treinador de futebol ambicioso que irá trabalhar com a equipe a partir de 2015. No momento, estamos olhando para recrutar um treinador estrangeiro qualificado que irá trabalhar com a equipe. Este clube está actualmente a jogar na Liga Chinesa dois que é conhecido como torneios Division II.
    Se você está interessado nesta posição coaching, entre em contato com o clube Manager com o seu CV / RESUME – yitengfc@yahoo.com

  10. Eu sou Nkiawete ferraz(Angola) treinador de futebol na formaçao de 8-14 anos,gostaria que me enviasses conteudos de treino sobre os aspectos tecnico-tactico de jovems de 8-14 anos

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